Eis que depois de meses eu volto para o blog com algo novo. Quer dizer... nem tão novo assim. Na verdade, decidi voltar a postar com um texto que fiz em 2011 e que reencontrei há algumas semanas. Achei o texto legal e resolvi dar uma chance ao velho Diogo de três anos atrás, portanto, boa leitura e não esqueçam de compartilhar nas suas redes sociais.
Bjs e abraços.
Bjs e abraços.
RELATO DE SOLIDÃO
por Diogo Souza
Eu
sou aquele desejo
Ao
qual você não se atreveu.
Sou
aquele velho sonho
Que
se tornou pesadelo.
Posso
estar numa ilha
Ou
no meio de uma multidão.
Não
sou uma heroína
Mas
possuo muitos poderes.
Eu
posso fazer de um belo arco-íris
Meras
cores suspensas no céu.
Eu
posso fazer de um beijo
Apenas
uma troca de saliva.
Posso
fazer da sua vida
Um
mar morto ou o mais revolto.
Posso
acabar fazendo de você
Um
grão de areia no deserto da vida.
Não
sou bonita,
Não
sou jovem,
Não
sou atraente.
Mas
há quem busque refúgio em mim
Como
remédio ou veneno.
Se
iludem na minha aparente paz
Seduzidos,
caem na armadilha,
Ficam
presos dentro de si.
Estou nos dias, nas noites frias
Frequento
pequenos quartos
Que
mais parecem imensidão.
Imensidão
gelada, de nada,
Repleta
de um nada infernal.
Alguns
acreditam que sou proteção
E
talvez eu a ofereça
A
proteção de uma fortaleza de cristal.
Eu
não ando, não sorrio
Não
penso nem vivo.
Os
poetas declamam a mim,
Cantores
me cantam ao mundo,
Não
sou uma estrela,
Não
sou uma mulher
Talvez
uma musa, sua pior inimiga
Eu
sou a solidão.
Do original
escrito em 13/04/2011